HISTÓRICO
O Laboratório de Mídia e Identidade - LAMI foi criado em 2003, como uma contrapartida da Universidade Federal Fluminense ao edital PRODOC 2003 da CAPES, no qual fomos contemplados com a pesquisa "Mídia e Exclusão Social: um olhar etnográfico - Imagens da Baixada na imprensa fluminense”, coordenado pela professora doutora Marialva Barbosa e tendo como bolsista de Pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF) a professora doutora Ana Lucia Silva Enne.
Este processo se ampliou quando, em 2004, a professora Ana Lucia Enne foi contemplada no Edital Primeiros Projetos, da FAPERJ, com o mesmo projeto do PRODOC. Com as verbas obtidas nesse edital, foi possível adquirir mobiliário, equipamentos, material de consumo, livros e viabilizar custeios de pesquisa, publicação e participação em congressos.
Assim nasceu o Laboratório de Mídia e Identidade, o LAMI (coordenado desde 2003 por Ana Enne e desde 2013 coordenado em parceria com o professor doutor Marildo Nercolini), para sediar as pesquisas e orientações desenvolvidas junto, inicialmente, ao Departamento de Comunicação e, a partir de 2005, ao Departamento de Estudos Culturais e Mídia. Com a verba concedida, o LAMI foi inicialmente instalado em uma salinha no porão do chamado IACS 2, na rua Tiradentes, Ingá/Niterói. Naquele espaço insalubre, porém muito aconchegante e charmoso, foi possível uma experiência de universidade colaborativa, em um espaço de trabalho permanente, em que as pessoas, docentes, técnicos-administrativos e discentes, podiam passar a qualquer hora, sentar para trabalhar ou para um cafezinho, uma conversa, uma orientação formal ou não, em uma troca constante que constitui um dos maiores recursos que a vida universitária pode oferecer. Lá foi criado um espaço afetivo, batizado de “altarzinho da identidade”, para colocar as lembranças que os discentes começaram a trazer dos lugares em que iam participar de congressos para presentear o LAMI. Ligado inicialmente ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação/PPGCOM da UFF, se transformou em um lugar de intercâmbio muito rico, sendo a sede dos encontros do Grupo de Estudos sobre Comunicação, Cultura e Sociedade (GRECOS), coordenado pela prof. Ana Enne.
Imagens do LAMI em seu funcionamento na sala do IACS 2 nos seus primeiros anos
Em 2007 e a 2009, respectivamente, a prof. Ana Enne foi contemplada nos Editais Direitos Humanos para Todos (em parceria com o LACED, da UFRJ, para desenvolver o projeto “Adolescentes e práticas institucionais na Baixada Fluminense - arenas de disputa pelo direito de significar”, sob a coordenação do professor doutor Antonio Carlos de Souza Lima) e Jovem Cientista do Nosso Estado, com a pesquisa "Das Casas de Cultura às ONGs na Baixada Fluminense: reflexões sobre mídia, cultura, política, práticas de comunicação e juventude". Com os recursos obtidos, foi possível realizar uma extensa etnografia na Baixada Fluminense, com apoio de bolsistas de IC, que resultaram em inúmeros produtos.
Imagens das entrevistas e pesquisas de campo com a prof. Ana Enne e bolsistas de IC
O espaço em que o LAMI estava sediado, no entanto, apresentava muitos problemas de manutenção e ocupação, e foi inundado em uma das chuvas que recorrentemente causam prejuízos em Niterói. A partir deste momento, em que perdemos equipamentos e mobiliário, o LAMI foi transferido para outras salas do IACS 2, sempre de modo provisório, até que, com o fim do uso daquele prédio, foi desalojado com a promessa de posteriormente ganhar um espaço entre os laboratórios que seriam construídos no IACS novo do Gragoatá. Essa decisão, infelizmente, não foi mantida e por cerca de 10 anos o LAMI ficou sem uma sede, apesar de ser parte das obrigações da universidade oferecer, como contrapartida aos recursos obtidos, o espaço para seu funcionamento. Por todos esses anos, realizamos as reuniões de orientação e do GRECOS nos mais diversos espaços, incluindo salas de aula, cafés, quiosque na frente da Ilha da Boa Viagem, orla etc.
Imagens das atividades do LAMI e do GRECOS improvisadas nos mais diversos espaços
Somente em 2024, depois de ser um pleito solicitado e referendado pelas direções do IACS, o LAMI recebeu uma nova sala para ser sua sede, agora no casarão rosa da Rua Lara Vilela 126, onde funcionava até recentemente o IACS. Nesta nova sala, o espaço é dividido entre os professores Marildo Nercolini e Ana Enne, responsáveis pelo LAMI e pelo GRECOS, e pelo professor doutor Kleber Mendonça, responsável pelo Núcleo de Estudos de Violência e Comunicação (NevCom), que sedia o projeto Quem sabe de mim sou eu, coordenado pelos professores Kleber, Marildo e Flora Daemon. Seguimos com escassez de recursos, parte do mobiliário foi adquirido com recursos próprios, mas estamos remontando o LAMI para que novas atividades possam ser desenvolvidas, contando com os equipamentos adquiridos com os editais.
Imagens da criação da nova sede do LAMI, em parceria conjunta com o GRECOS e o NevCom
Mesmo com as dificuldades em termos de espaço e recurso, nunca deixamos de trabalhar nos campos da pesquisa e da extensão, fazendo do LAMI abrigo para nossos orientandos e para diversas atividades. Desde sua fundação, os coordenadores Ana Enne e Marildo Nercolini orientaram cerca de 200 alunos, nos níveis de doutorado, mestrado e graduação, incluindo nesse último nível bolsistas de Iniciação Científica, Extensão e Monitoria. Toda a produção desse conjuntos significativo de orientações está listada no link Participantes.
Além disso, os dois docentes também geraram, a partir de suas pesquisas, atividades docentes e de extensão, inúmeros artigos como autores únicos ou em coautorias, capítulos de livros, cursos conjuntos, atividades diversas e outras produções bibliográficas, conforme detalhado no link Produções.
Imagens de atividades realizadas entre os professores Ana Enne e Marildo Nercolini, bem como com seus orientandos






































